Osteotomia Segmentar: Técnicas, Indicações e Cuidados na Correção de Deformidades Dentofaciais

A osteotomia segmentar é uma técnica cirúrgica ortognática que tem ganhado destaque no campo da odontologia e cirurgia maxilofacial devido à sua eficácia no tratamento de deformidades dentofaciais complexas. Este procedimento consiste na realização de cortes segmentares nos ossos maxilares ou mandibulares para permitir movimentos controlados dos segmentos ósseos, possibilitando a correção de maloclusões dentárias, assimetrias faciais e outras discrepâncias esqueléticas que não podem ser resolvidas apenas com ortodontia convencional.

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Definição e histórico da osteotomia segmentar

A osteotomia segmentar é caracterizada pela realização de cortes precisos em segmentos específicos do osso maxilar ou mandibular, separando o osso em segmentos móveis que podem ser reposicionados para melhorar a função mastigatória e a estética facial. Essa técnica difere da osteotomia total, onde todo o segmento ósseo é separado e reposicionado, pois na segmentar é possível tratar deformidades localizadas sem interferir em toda a estrutura óssea.

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Historicamente, as osteotomias segmentares começaram a ser desenvolvidas na metade do século XX, paralelamente ao avanço da cirurgia ortognática. A introdução de técnicas mais refinadas e equipamentos cirúrgicos modernos permitiu maior precisão no corte e melhor estabilização dos segmentos ósseos, aumentando significativamente os índices de sucesso e reduzindo complicações.

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Indicações da osteotomia segmentar

As principais indicações para a realização da osteotomia segmentar incluem:

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  • Correção de discrepâncias transversais, como palato estreito ou maxila estreita;
  • Ajuste de espaçamentos dentários e mordidas abertas localizadas;
  • Tratamento de assimetrias faciais específicas e maloclusões segmentares;
  • Correção de mordidas cruzadas segmentares;
  • Preparação para instalação de próteses ou implantes dentários em casos com deformidades ósseas;
  • Pacientes que possuem limitações para cirurgias ortognáticas mais extensas.
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É importante ressaltar que a osteotomia segmentar pode ser combinada com outras técnicas, como a cirurgia ortognática convencional e a ortodontia, para garantir resultados funcionais e estéticos satisfatórios.

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Técnicas cirúrgicas de osteotomia segmentar

Existem diferentes técnicas cirúrgicas para realizar a osteotomia segmentar, que variam conforme o segmento ósseo a ser trabalhado e o tipo de correção necessária. As principais são:

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Osteotomia segmentar maxilar

Também chamada de osteotomia maxilar segmentar, essa técnica envolve a realização de cortes nos ossos do maxilar para permitir a movimentação dos segmentos ósseos. Normalmente, são feitos cortes verticais entre os dentes para separar segmentos menores, possibilitando a expansão, avanço ou retração de partes específicas do maxilar. Um dos métodos mais conhecidos para realizar este procedimento é a osteotomia de Wunderer, que permite a movimentação segmentar do maxilar superior.

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Osteotomia segmentar mandibular

No caso da mandíbula, as osteotomias segmentares são realizadas para corrigir deformidades locais, como desníveis ou assimetrias no corpo ou ramo mandibular. O procedimento envolve cortes precisos para separar segmentos que possam ser reposicionados de maneira controlada. Frequentemente, essas técnicas são complementares a osteotomias sagitais e outras técnicas ortognáticas para obtenção do resultado desejado.

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Procedimentos auxiliares

Além do corte ósseo, a osteotomia segmentar envolve a fixação adequada dos segmentos por meio de placas e parafusos de titânio, garantindo uma boa estabilidade durante o processo de cicatrização. Em alguns casos, dispositivos de distração óssea podem ser utilizados para promover a expansão gradual dos segmentos ósseos após a osteotomia.

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Planejamento pré-operatório

O sucesso da osteotomia segmentar depende fortemente do planejamento detalhado antes da cirurgia. Este planejamento deve incluir:

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  • Análise clínica completa, avaliando a oclusão, função mastigatória, estética facial e movimentos mandibulares;
  • Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e radiografias panorâmicas, para avaliação detalhada da anatomia óssea;
  • Modelos de estudo dentários e simulações feitas por meio de tecnologias digitais 3D, que auxiliam no planejamento tridimensional da cirurgia;
  • Planejamento ortodôntico para alinhar e posicionar os dentes de modo que facilitem o procedimento e a estabilização dos segmentos;
  • Discussão multidisciplinar entre cirurgião bucomaxilofacial, ortodontista e demais profissionais envolvidos.
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Este processo garante personalização do tratamento e redução dos riscos, promovendo melhores resultados funcionais e estéticos na recuperação do paciente.

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Cuidados e complicações no pós-operatório

Após a osteotomia segmentar, os cuidados do paciente são cruciais para o sucesso do tratamento. Entre as recomendações comuns estão:

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  • Dieta pastosa ou líquida temporária para evitar sobrecarga nas estruturas operadas;
  • Medicação adequada para controle da dor e prevenção de infecções, como antibióticos e anti-inflamatórios;
  • Higiene oral rigorosa para evitar infecções na região operada;
  • Evitar movimentos bruscos ou excessivos da mandíbula;
  • Retorno periódico ao cirurgião para avaliação clínica e radiográfica da cicatrização;
  • Manutenção do acompanhamento ortodôntico para realizar ajustes necessários.
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As complicações, embora raras, podem incluir infecção, necrose óssea, mobilidade dos segmentos, lesões nervosas temporárias ou permanentes (como parestesia), e falha na consolidação óssea. O diagnóstico precoce e manejo adequado dessas complicações são fundamentais para garantir o sucesso do procedimento.

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Vantagens e limitações da osteotomia segmentar

Entre as principais vantagens da osteotomia segmentar, destacam-se:

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  • Permite correções precisas e localizadas, preservando outras regiões anatômicas;
  • Menor invasividade comparada a outras cirurgias ortognáticas extensas;
  • Melhora significativa da função mastigatória e da estética;
  • Possibilidade de correção de problemas ortodônticos complexos em conjunto com tratamentos ortodônticos;
  • Alteração segmentar que pode facilitar a instalação de próteses e implantes dentários.
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Por outro lado, existem algumas limitações, como:

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  • Necessidade de experiência técnica elevada por parte do cirurgião;
  • Risco de comprometimento vascular dos segmentos ósseos;
  • Nem todos os casos de deformidades dentofaciais são passíveis de correção segmentar;
  • A complexidade do procedimento demanda alto grau de planejamento e equipamento adequado.
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Conclusão

A osteotomia segmentar é uma ferramenta valiosa na armamentária da cirurgia maxilofacial e da odontologia ortognática, oferecendo soluções eficazes para a correção de deformidades dentofaciais segmentares. Seu sucesso depende de um planejamento cuidadoso, técnica cirúrgica rigorosa e cuidados pós-operatórios adequados, além de um trabalho multidisciplinar integrado entre cirurgiões e ortodontistas.

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Com o avanço das tecnologias em imagem e instrumentação cirúrgica, espera-se que a osteotomia segmentar se torne ainda mais precisa, segura e acessível, beneficiando um maior número de pacientes que necessitam de correções ortognáticas segmentares. Portanto, estar atualizado em relação às técnicas e cuidados relacionados a essa cirurgia é fundamental para profissionais que atuam na área da odontologia e cirurgia maxilofacial.

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