Lesões Bucais: Identificação, Diagnóstico e Tratamento para Prevenção de Complicações

As lesões bucais representam um conjunto diversificado de alterações que acometem os tecidos da cavidade oral, podendo envolver a mucosa, gengivas, língua, palato, assoalho da boca e outras estruturas orais. Estas alterações podem ter etiologias variadas, incluindo causas infecciosas, traumáticas, autoimunes, neoplásicas, ou até mesmo reações a medicamentos e a outros agentes externos. O reconhecimento precoce e o diagnóstico correto das lesões bucais são fundamentais para um tratamento eficaz e para a prevenção de complicações mais graves, incluindo o desenvolvimento de lesões malignas.

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O que são lesões bucais?

Lesões bucais são qualquer alteração estrutural ou funcional que acomete os tecidos da cavidade oral. Elas podem variar desde pequenas manchas e ulcerações até tumorações e áreas de espessamento da mucosa. As lesões bucais podem ser classificadas quanto à sua aparência clínica, etiologia e potencial de malignização.

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Clinicamente, as lesões podem ser apresentadas de diversas formas, como:

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  • Manchas (máculas): áreas alteradas de coloração, hiperpigmentadas ou hipopigmentadas.
  • Úlceras: perda de continuidade da mucosa com perda de tecido superficial.
  • Nódulos ou placas: elevações ou espessamentos.
  • Bolhas ou vesículas: lesões elevadas com conteúdo líquido.
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A identificação correta desses sinais é indispensável para o dentista e demais profissionais da saúde bucal, pois algumas lesões podem apresentar comportamento agressivo e exigir intervenções imediatas.

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Causas das lesões bucais

As lesões bucais podem ter diversas origens e, entendê-las, ajuda a direcionar o diagnóstico e a conduta terapêutica. Entre as principais causas, destacam-se:

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Trauma

O trauma é uma das causas mais comuns de lesões bucais e pode ser decorrente de acidentes, mordidas acidentais, próteses mal ajustadas ou hábitos parafuncionais, como o bruxismo. Essas lesões costumam se apresentar como úlceras traumáticas, áreas de hiperplasia (crescimento de tecido em resposta à irritação) ou até hematomas.

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Infecções

Diversos agentes infecciosos podem provocar lesões bucais, incluindo vírus, bactérias e fungos. Alguns exemplos comuns são:

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  • Herpes simples: causa vesículas e úlceras dolorosas, geralmente recorrentes.
  • Candidíase: infecção fúngica comum, que pode se manifestar como placas esbranquiçadas na mucosa.
  • Sífilis: infeção bacteriana sexualmente transmissível que pode causar lesões na boca em suas fases secundária e terciária.
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Doenças autoimunes e imunológicas

Algumas doenças como o líquen plano, o pênfigo vulgar e o pénfigo foliáceo apresentam manifestações bucais típicas caracterizadas por lesões ulcerosas ou bolhosas. Estas condições geralmente requerem diagnóstico especializado e tratamento medicamentoso específico para controle dos sintomas.

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Neoplasias e lesões potencialmente malignas

Algumas lesões bucais podem representar processos neoplásicos ou pré-neoplásicos, como o leucoplasia, eritroplasia e carcinoma espinocelular. Estas alterações demandam atenção especial pelo risco de transformação maligna e a necessidade de intervenção rápida.

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Classificação das lesões bucais

As lesões bucais podem ser classificadas de diversas maneiras, mas uma forma prática é observar a sua apresentação clínica e textura. Algumas categorias importantes são:

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Lesões brancas

Conhecidas como leucoplasias, são áreas com aspecto esbranquiçado na mucosa que não podem ser removidas por raspagem. Podem ter origem em atritos, irritações ou serem indicativos de alterações pré-malignas.

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Lesões vermelhas

Apresentam coloração avermelhada, podendo indicar algum processo inflamatório ou lesionais mais graves, como eritroplasia, que tem alta probabilidade de malignização.

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Lesões mistas

Quando apresentam áreas vermelhas e brancas combinadas, o que pode indicar maior gravidade e potencial maligno.

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Lesões ulceradas

São perdas de tecido com bordas irregulares, podendo ser decorrentes de traumas ou infecções, mas também de neoplasias.

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Lesões elevadas

Podem se apresentar como nódulos, placas ou massas. Alguns exemplos são papilomas, fibromas e neoplasias benignas ou malignas.

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Sintomas comuns associados às lesões bucais

As lesões na cavidade oral podem ser assintomáticas, especialmente em fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. No entanto, alguns sintomas são frequentemente relatados pelos pacientes e ajudam a identificar a necessidade de investigação, tais como:

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  • Dor ou sensibilidade local, especialmente em úlceras.
  • Alteração na coloração da mucosa.
  • Dificuldade ou desconforto para mastigar, falar ou engolir.
  • Sangramento espontâneo ou ao toque.
  • Presença de nódulos ou inchaços.
  • Sensação de queimação ou ardência.
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Diagnóstico das lesões bucais

Para definir o diagnóstico de uma lesão bucal, é fundamental a realização de uma anamnese detalhada e exame clínico minucioso, feito preferencialmente pelo cirurgião-dentista ou especialista em estomatologia. Alguns métodos diagnósticos incluem:

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Exame clínico detalhado

Observação direta e palpação da lesão, avaliação do tempo de evolução, sintomas associados e hábitos do paciente (tabagismo, uso de álcool, medicações).

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Exames complementares

  • Biópsia: exame fundamental para obtenção do diagnóstico definitivo em lesões suspeitas. Pode ser incisional (parte da lesão) ou excisional (remoção completa).
  • Citologia oral: raspagem da lesão para análise citológica, útil em alguns casos.
  • Testes laboratoriais: para investigação de agentes infecciosos como sífilis, HIV, candidíase, entre outros.
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Tratamento das lesões bucais

O tratamento dependerá da etiologia da lesão e do tipo de alteração apresentada. Em geral, as condutas podem incluir:

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Remoção da causa

Se a lesão for consequência de trauma, é necessário eliminar o agente causador, ajustando próteses, evitando hábitos nocivos, ou corrigindo fatores oclusais.

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Tratamento medicamentoso

  • Antimicrobianos para infecções bacterianas ou fúngicas.
  • Antivirais para lesões virais, como o herpes.
  • Corticosteroides para doenças autoimunes e inflamatórias.
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Intervenção cirúrgica

Nos casos de lesões neoplásicas ou pré-malignas, pode ser necessária a excisão cirúrgica da lesão para evitar progressão ou malignização.

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Acompanhamento contínuo

Lesões com potencial maligno ou crônicas, mesmo após tratamento, requerem monitoramento periódico para detecção de recidivas ou transformações.

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Prevenção das lesões bucais

A prevenção das lesões bucais baseia-se principalmente no controle dos fatores de risco e na adoção de hábitos saudáveis. Algumas medidas eficazes incluem:

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  • Manutenção adequada da higiene bucal.
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, reconhecidos fatores de risco para câncer bucal.
  • Proteção contra traumas físicos e químicos.
  • Consulta odontológica regular, promovendo o diagnóstico precoce de alterações.
  • Alimentação equilibrada, rica em frutas e verduras, que auxiliam na manutenção da integridade da mucosa oral.
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Quando procurar um profissional?

É recomendável procurar um dentista ou médico especialista sempre que houver a presença de lesões bucais que:

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  • Persistam por mais de duas semanas sem sinais de cicatrização.
  • Sejam dolorosas ou sangrem sem causa aparente.
  • Estejam associadas a outras alterações, como aumento de linfonodos.
  • Apareçam em pacientes com histórico de tabagismo, alcoolismo ou outras condições de risco.
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O diagnóstico e o tratamento precoce aumentam significativamente as chances de controle efetivo e cura, além de minimizar complicações.

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Considerações finais

As lesões bucais constituem um importante desafio para a saúde pública e a odontologia, dada sua diversidade e potencial gravidade. Através da conscientização da população e da capacitação dos profissionais para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível reduzir a incidência de complicações, incluindo o câncer oral. Por isso, é essencial que qualquer alteração na mucosa bucal seja avaliada por um profissional qualificado.

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