A erosão dentária é um problema odontológico que vem ganhando crescente atenção devido ao seu impacto negativo na saúde bucal. Diferente da cárie, que é causada por bactérias, a erosão dentária resulta da perda progressiva do esmalte dentário por ação química, principalmente pela exposição a ácidos, sem envolvimento bacteriano. Este desgaste pode comprometer a estrutura dos dentes, levando a sensibilidade, alterações estéticas e dificuldades funcionais.
A erosão dentária é definida como a perda irreversível do tecido dental, causada pela ação direta de ácidos não bacterianos sobre a superfície do esmalte e, em casos mais severos, da dentina. Esses ácidos podem vir de fontes extrínsecas, como a alimentação, ou de fontes intrínsecas, como o refluxo gástrico.
Diferente do desgaste mecânico ou da abrasão dentária, que resulta do atrito ou escovação excessiva, a erosão é caracterizada pela dissolução química dos minerais do esmalte. Inicialmente, a substância mineral do esmalte é removida, deixando a superfície mais frágil e suscetível a outros tipos de desgaste.
As causas da erosão dentária podem ser classificadas em:
Alguns hábitos e condições podem aumentar a predisposição para o desenvolvimento da erosão dentária, entre eles:
A erosão dentária pode se manifestar de maneiras diferentes dependendo da severidade e da localização das áreas afetadas. Entre os sintomas e sinais mais comuns estão:
O diagnóstico da erosão dentária é realizado por meio da anamnese, exame clínico e, em alguns casos, exames complementares. Durante a consulta, o dentista busca identificar fatores de risco, hábitos alimentares, histórico de doenças gastrointestinais e sintomas apresentados pelo paciente.
O exame clínico permite avaliar visualmente o desgaste e a presença de alterações na superfície dentária. Manifestações típicas de erosão incluem o desgaste em áreas expostas a ácido, como faces palatinas dos dentes superiores em casos de refluxo.
Registros fotográficos e moldagens podem ser usados para monitorar a progressão da erosão ao longo do tempo.
A prevenção da erosão dentária envolve a adoção de medidas que reduzam a exposição dos dentes aos ácidos e fortaleçam a resistência do esmalte. Algumas recomendações importantes incluem:
O tratamento da erosão dentária depende da extensão e da gravidade das lesões. O objetivo é evitar a progressão do desgaste, aliviar os sintomas, restaurar a função e a estética dos dentes.
Para casos iniciais, o controle dos fatores de risco e a aplicação tópica de flúor, sob a forma de vernizes ou uso diário de cremes dentais fluorados, são eficazes para remineralizar as áreas comprometidas.
Nos casos mais avançados, a odontologia restauradora oferece opções como resinas compostas, facetas, coroas e outras restaurações que protegem o dente, recuperando forma e função. A escolha do material e técnica depende da extensão da erosão, da localização dos dentes afetados, da estética e da função mastigatória.
Outra abordagem importante é a interdisciplinaridade, com a colaboração de médicos gastroenterologistas em situações de refluxo e nutricionistas para adequação alimentar.
É fundamental diferenciar a erosão de outros tipos de desgaste dentário:
O entendimento dessas diferenças é crucial para o diagnóstico correto e para a escolha do tratamento adequado.
A erosão dentária não tratada pode levar a complicações que afetam diretamente a qualidade de vida do paciente. O desgaste excessivo do esmalte pode resultar em elevada sensibilidade, dores ao ingerir alimentos ou bebidas, e dificuldades na mastigação.
Do ponto de vista estético, a mudança na cor e na forma dos dentes pode impactar negativamente a autoestima e a sociabilidade. Além disso, a estrutura dentária comprometida aumenta o risco de fraturas e requer tratamentos mais complexos e onerosos com o passar do tempo.
A erosão dentária é uma condição que exige atenção, tanto por parte dos profissionais de odontologia quanto dos pacientes. Seu caráter progressivo e irreversível impõe a necessidade de diagnóstico precoce, prevenção efetiva e tratamento adequado para evitar danos significativos à saúde bucal.
Adotar hábitos alimentares equilibrados, manter uma higiene bucal correta e controlar condições médicas relacionadas são passos essenciais para proteger os dentes contra a atuação dos ácidos. A consulta regular ao dentista permite o acompanhamento contínuo e a intervenção oportuna, garantindo a manutenção da saúde, da função e da estética dos dentes.
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