A extração de dente é um procedimento comum na odontologia, realizado quando um dente não pode ser salvo por meio de tratamentos conservadores. Para fins de documentação médica, estatística e pesquisa, é fundamental que esse procedimento seja corretamente codificado. No Brasil, o Código Internacional de Doenças (CID) é amplamente utilizado para registrar diagnósticos e procedimentos em saúde. Neste artigo, discutiremos o que é o CID, como ele se relaciona à extração de dentes, quais códigos são mais utilizados nesse contexto, além de abordar aspectos clínicos e cuidados pós-operatórios.
CID é a sigla para Classificação Internacional de Doenças, um sistema padronizado desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), utilizado para categorizar doenças, sinais, sintomas, exames, queixas, circunstâncias sociais e causas externas de lesões ou doenças. Cada condição ou procedimento recebe um código específico, que facilita o registro, análise e troca de informações entre profissionais e instituições de saúde.
No Brasil, o CID é fundamental para a documentação clínica, geração de estatísticas de saúde, e para a autorização e reembolso de procedimentos médicos e odontológicos pelos planos de saúde.
A extração dentária consiste na remoção de um dente da sua cavidade alveolar. Esse procedimento pode ser simples, quando realizado em dentes completamente irrompidos e com condição favorável, ou cirúrgico, em casos de dentes inclusos, fraturados ou com complicações anatômicas.
As principais indicações para extração incluem:
É importante destacar que o CID classificam doenças e condições, e não procedimentos. Portanto, a extração em si, como procedimento, não possui um código específico no CID.
Para codificação de procedimentos odontológicos, o sistema mais utilizado no Brasil é a Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (Sistema Único de Saúde) ou códigos específicos dos planos de saúde privados, que utilizam suas próprias tabelas para procedimentos.
No entanto, para registrar o motivo da extração dentária, utiliza-se o código CID da condição que levou ao procedimento. Alguns exemplos comuns incluem:
Imagine um paciente que chega à clínica odontológica com um dente do siso impactado que provoca dor intensa e infecção recorrente. O profissional irá diagnosticar o problema e indicar a extração. Para registrar o atendimento, será utilizado o código CID K01 (Dente impactado) como diagnóstico, enquanto o procedimento de extração pode ser registrado em outra tabela específica.
Outro exemplo é um dente molar acometido por uma lesão de cárie extensa, incurável por meio de tratamento restaurador. O CID correto para registrar a cárie profunda seria K02, justificando a extração.
Embora o CID não seja usado para codificar diretamente o ato da extração, instituições de saúde utilizam tabelas específicas. No SUS, o procedimento "Extração dentária simples" tem o código 04.01.01.004-6, por exemplo. Já em planos privados, como os que utilizam tabelas da ANS, pode haver variações nos códigos, mas sempre separando o procedimento da condição diagnóstica.
Assim, é fundamental que o profissional da saúde esteja familiarizado tanto com o CID para diagnósticos quanto com as tabelas de procedimentos para solicitar e registrar corretamente os serviços prestados.
A extração dentária requer cuidados rigorosos para que o processo de cicatrização ocorra sem complicações. Algumas orientações são essenciais:
Embora seja um procedimento rotineiro, a extração de dentes pode apresentar complicações, como:
Indicando a necessidade de acompanhamento rigoroso e atendimento odontológico em caso de sintomas persistentes.
A codificação correta na odontologia, especialmente em procedimentos como a extração de dentes, é fundamental para garantir um registro preciso dos motivos e tratamentos realizados. O CID é utilizado para codificar diagnósticos, não o procedimento, e deve ser associado à condição clínica que levou à extração.
Conhecer as indicações, procedimentos e cuidados relacionados à extração é essencial para a prática odontológica segura e eficaz. Além disso, o emprego correto dos códigos ajuda nas rotinas administrativas, possibilita melhor gestão do serviço e contribui para a saúde pública.
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